Por onde começar? Foi, sem dúvida, uma semana de fortes emoções.
No Domingo passado, a nossa GLORIOSA EQUIPA venceu o Rio Ave, por 2-1, para a Taça da Liga. Que jogo!
O Estádio dos Arcos é um terreno tradicionalmente complicado. Poucas são as equipas que conseguem lá triunfar ou, até mesmo, arrecadar algum ponto. Para que se conste: o nosso Glorioso foi o primeiro e único - até então - adversário a derrotar o Rio Ave, em Vila do Conde, na última jornada do campeonato. Uma vitória, diga-se, arrancada a ferros, mas igualmente saborosa.
Para o jogo da Taça da Liga não foi diferente. Mais uma vitória. Estavam à espera do quê?! Este Benfica arrasa tudo e todos e, nem mesmo as movimentações do sistema, conseguem parar a equipa. Vocês sabem do que estou a falar e, para os mais distraídos, temos tido - para não variar - várias provas a cada jogo.
Ao contrário do que (nos) querem fazer crer, a Taça da Liga é mais uma competição a ser conquistada... por nós! Para além de termos, de certa forma, a obrigação de a vencer, pois somos os detentores do troféu, é mais uma competição que, apesar de recente, precisa de ser dignificada... por todos! Podemos não concordar com o seu formato (sim, é verdade, há vários aspectos que precisam ser melhorados!), mas todos têm a obrigação de contribuir para que seja uma festa bonita, à semelhança da Taça de Portugal, por exemplo. Estou convicta que, a partir do momento que um FC Porto ou, até, um Sporting a conquiste, esta terá mais "valor"... para eles, naturalmente! E não penso eu de que...
O Benfica deu uma grande resposta e um grande exemplo ao apostar forte, com todo o plantel praticamente à disposição, com o "melhor onze" (para o treinador, independentemente de ser ou não "o nosso"), para defender aquilo que (ainda) é nosso. Perfeito. Uma atitude "à Benfica"!
Quanto ao jogo. Foi sofrido, enquanto o golo não chegou. Foi sofrido, depois do empate e enquanto o nosso segundo golo não chegava. Muitos nervos, sim, mas sempre com a certeza de que seria mais um triunfo. Vamos por partes.
Demoramos um pouco de tempo a imprimir o nosso inconfundível ritmo. No entanto, não muito tempo depois, e sem surpresas, o Benfica joga e faz jogar, obrigando a equipa do Rio Ave a jogar mais recuada, à defesa, e a explorar as situações de contra-ataque, através dos seus jogadores mais rápidos. Nada que nos admire. Porém, justiça seja feita, o Rio Ave defende muito bem, em bloco, e é um equipa muito organizada.
O golo surgiu, através de Carlos Martins, já na segunda parte. É estranho irmos para o intervalo, a zero. O tempo passava, a ansiedade aumentava, as gargantas estavam mais do que prontas: era certo o golo, mais cedo ou mais tarde, custasse o que custasse. Grande golo de Carlos Martins, primeira grande explosão de alegria da onda vermelha.
Não durou muito, porém, a nossa festa. Como já andávamos a ser prejudicados "aqui e ali" em certos lances que poderiam nos valer alguns amargos de boca, o Rio Ave empatou, através de penalty... recuso-me, antes de mais, aceitar esta grande penalidade. Toda a gente, que seja o mínimo imparcial, pode constatar que David Luiz toca... na bola! Foi um corte perfeito. Momento inacreditável (ainda não sei porquê, já deveríamos estar habituados!) nas bancadas. Fuja, que os Benfiquistas estão furiosos. Mais um roubo... do tamanho dos Arcos, neste caso.
Nunca deixamos de acreditar, claro. Sempre a incentivar a equipa e a empurra-la para a vitória.
Valeu a "raça, querer e ambição" dos nossos pupilos, o nosso talento e classe, a nossa magia e mística, pelo que foi - também - sem surpresa que o segundo golo, que nos deu a vitória tão almejada, apareceu, por Di Maria (outro grande golo), após uma assistência de Tacuara Cardozo. Alias, coube, nessa noite, ao nosso goleador e matador Cardozo fazer de número dez e assistir os seus companheiros. A isto, caros senhores jornalistas desportivos e afins, não se chama "crise de golos", chama-se "qualidades únicas", que fazem do melhor marcador da Liga (!!) não só um matador, mas como um assistente de primeira. É o desespero, compreendo perfeitamente.
Finalmente o resultado justo estava alcançado. Nova explosão de alegria. Ninguém nos parava!!
Foram dois golos, mas poderiam ter sido mais, sobretudo se tivermos em conta aquela série de bolas ao ferro, por Kardec. Tenham medo, muito medo.
Mais um triunfo conseguido, onde o público foi determinante. Jorge Jesus e restante equipa reconhecem isso. Sabem da importância da massa adepta. E sabem, também, que quando a equipa nos embala (e vice-versa), em consequência do seu futebol muito bem conseguido e dos resultados desejados, o casamento é perfeito. A união e carinho entre equipa e adeptos é claro. E que continue por muitos anos... Sim, que continuemos a levar a equipa ao colo. Sempre e com muito orgulho.
É lindo ver que, para além da nossa Catedral registar óptimas médias de assistência (nada que me admire!), a força do Benfica está em todo o lado: de Norte a Sul e, até mesmo, nas ilhas. Um Benfica fora de portas, joga sempre em casa.
Chega a ser arrepiante, meus caros, a onda vermelha fora de portas e no final dos jogos. Neste jogo não foi diferente. Eram centenas as pessoas que esperavam a equipa para saudá-los, com cânticos e entoações a uma só voz!! Foi a loucura total, com a equipa a responder, como sempre (não me canso de enaltecer a vossa atitude, rapazes!), da melhor maneira às manifestações dos adeptos. Desde os jogadores com mais anos de casa, que conhecem perfeitamente o nosso clube, até aos atletas que chegaram esta época e, até, nesta reabertura de mercado deliram com a onda vermelha. Kardec, Eder Luis, etc etc: isto é o BENFICA!!!
Uma palavra especial de apresso ao nosso treinador Jorge Jesus, que faz as delícias dos adeptos. Este senhor conhece o Benfica, sabe o que representa, e sabe o que vai na alma desta Enorme Família. O seu jeito de ser já não passa despercebido (acho que nunca passou). E o mais engraçado é que também ele entra na "euforia pós-jogo, pós-vitória": "e salta Jesus e salta Jesus, olé olé!!". E Jesus... salta!!! Lindo!!!!!
Nosso Sir Maestro Rui Costa. Precisam que vos diga algo?! Acho que não, mas eu digo. Não vai embora enquanto não responder a todos (!!!) os pedidos. É solicitado, responde. Entra no Vermelhão, é solicitado, sai. Equipa toda pronta para partir para Lisboa, com jogo marcado para o dia seguinte (iniciativa Fundação Benfica e ONU), Maestro não vai embora. É a alegria do povo. Sente o Benfica tal como nós: sofre, berra, festeja com o tal fervor,... e, à semelhança de JJ, também salta com os adeptos: "E salta Rui e salta Rui, olé olé". Fantástico. É um dos maiores símbolos do nosso Benfica. Carismático por aquilo que foi (e é) e único com os adeptos.
Ah, mas é claro, não faltou o habitual "e quem não salta é tripeiro, olé olé!", que é algo que nos dá um enorme prazer aqui, no Norte.
Mais um jogo fantástico, no meio da nossa gente (sim, porque seja na Catedral, seja fora dela, jogamos sempre, mas sempre, em casa com excepção dos jogos nas casas de Porto e Sporting, porque não deixam, pois caso contrário até nesses recintos seriamos maioritários!!).
Obrigado a todos, obrigado equipa e, claro, um obrigado muito especial ao nosso Capitão Nuno Gomes, por ser fantástico como sempre (e o mercado está quase a fechar e no Benfica tu vais ficar!!! Contagem decrescente...) Um fim-de-semana em cheio, um aniversário diferente :)
Entretanto, na segunda-feira passada, como se sabe, realizou-se o VII jogo contra a pobreza. Neste caso as receitas reverteram a favor das vítimas do Haiti (Mais uma vez, manifesto aqui a minha solidariedade para com um Povo, cuja a identidade esfumou-se em questão de segundos. Haja ESPERANÇA num futuro melhor!), numa iniciativa levada a cabo pela Fundação Benfica e pela ONU.
Foi um jogo muito bonito, onde o publico, independentemente da sua preferência clubística, aderiu em grande força, participando no maravilhoso ambiente que se fazia sentir na linda Catedral e que, inevitalmente, se alastrou aos quatro cantos do mundo.
Como Benfiquista e como amante do desporto-rei, também, fiquei muito satisfeita e feliz por ver ex-glórias encarnadas jogar, caso que nunca antes tinha acontecido. Foram os casos de Nené, Humberto Coelho, Chalana e tantos tantos outros. Obrigado BENFICA.
Fiquei, naturalmente, orgulho por ter no nosso Estádio jogadores de nível mundial. Foram uma mais valia e deram ainda mais brilho ao espectáculo.
Obrigado Benfica por, ainda, rever alguns jogadores que vestiram o Manto Sagrado: Porbosky (lembro-me perfeitamente dele. Como eu adorava este jogador... que saudades!), Micolli (que durante o jogo, deu para matar as enormes saudades não só dele, mas como também da enorme dupla "Micolli/ Nuno Gomes". Deu para matar saudades de outros tempos, que ainda estão bem presentes na memória de todos nós), Katso, Karagounis, etc etc... e claro, Rui Costa!!!! Quem diria que este senhor já não joga futebol... espalhou a sua magia, charme e classe, pegou na batuta, e, qual Maestro, comandou a sinfonia. Deu para matar também as enormes saudades da sua arte, do seu toque, dos seus inconfundíveis passes,...
O resultado ficou empatado a três bolas, não sendo isso, de todo, o mais importante. O que interessa é que todos, à sua maneira, contribuíram por uma nobre causa, que só eleva ainda mais alto o nome do nosso clube ou não fosse ele superiormente regido por valores dessa natureza. Somos ENORMES!!
De toda a noite de emoções, destaco, ainda, o lindo gesto que o nosso goleador Óscar Tacuara Cardozo fez para a câmara da TV, mostrando uma mensagem de força e coragem ("Fuerza Cabañas"), que amavelmente escreveu na sua camisola, para com o seu amigo Cabanãs e colega de selecção, que se encontra numa situação de perigo de vida. Enorme Tacuara!!!!
Nesse dia, 25 de Janeiro, fez anos que o nosso Rei Eusébio fez anos. Mais um aniversário do nosso King, passado com a sua gente. Lindo. Rei Eusébio, a minha vénia!!!
Foi um dia particularmente feliz que contrastou, como já se sabe, com mais um aniversário da morte de Miki Feher. É sempre doloroso recordar esse fatídico dia, que teve como palco o D. Afonso Henriques. Foi um jovem que partiu, um jovem jogador, que faleceu ao serviço do nosso clube do coração, perante tudo e todos... nós bem tentamos puxar por ti... Onde quer que estejas, estás sempre connosco, no nosso coração e pensamento. Cuida de nós, cuida do nosso Benfica!!
Para terminar, neste texto que já vai longo, ontem vencemos o Guimarães, por 3-1, em pleno Inferno da Luz.
Um jogo tradicionalmente difícil, até porque, vinha-nos à memória a precoce eliminação da Taça de Portugal, pelo Guimarães, precisamente.
Não estávamos à espera de facilidades, mas sempre tivemos perfeita consciência que éramos favoritos, quanto mais não seja por jogarmos em casa, perante a nossa gente, e, modéstia à parte, porque somos superiores a qualquer outra equipa deste campeonato.
Entramos bem no jogo, que desde cedo controlamos. Fomos anulando as potenciais situações de perigo que a equipa de Guimarães poderia criar, fomos construindo e dando seguimento às nossas belas jogadas, com todos os pormenores técnicos e tácticos, misturados com a classe e requinte dos nossos jogadores, em evidência, deliciando os adeptos e fazendo por ter a sorte do jogo. Sem surpresas, chegamos ao golo, por Pablito Aimar. Mais uma fantástica jogada do nosso El Mago que foi coroada com um jogo, a nível pessoal, muito bem conseguido, com os seus mais que habituais toques de magia.
Antes do intervalo, sofremos o golo do empate, por Nuno Assis. Normalmente, não escrevo sequer o nome dos jogadores que marcam contra o Glorioso. Desta vez é diferente e, desde já o meu lamento: até compreendo que o ex-jogador do Glorioso queira se mostrar à equipa, por não ter triunfado (salvo raras as excepções!). Contra isso nada. Agora festejar, contra o meu clube e contra a minha gente da maneira bruta e enraivecida com que festejou... alto e pára o baile! Nada disto me surpreendia se o jogador em causa fosse um qualquer e, até, dos principais rivais. Faz parte, é uma das consequências da nossa grandeza. Até podem achar exagerado mas não gostei... e eu que até tinha consideração pelo jogador em causa. Ficou-lhe mal pela ridicularidade do exagero. Fica aqui o registo, não lhe vou dar mais protagonismo. Haja dignidade!
A certeza que o golo apareceria mais cedo ou mais tarde era grande, certeza essa que é inabalável a cada jogo, pois nós sabemos que a vitória muito dificilmente nos escapará. Por isso, poucos minutos após o início da partida e em consequência da pressão e constantes oportunidades antes do intervalo, o que deu uma certa continuidade na exibição, com a crença de que a nova vantagem estava logo ali, à porta (ou à baliza, como queiram), o Benfica chega ao golo por Carlos Martins. Grande jogo deste nosso médio, que esteve no melhor e no pior, mas que nada estragou a sua exibição muito bem conseguida e abrilhantada com dois golos, mas já lá vamos.
Um golo pouco após o início da segunda parte embalou a equipa para o resultado final e, consequentemente, para o triunfo.
Dizem que custa é entrar o primeiro. Como de facto. O Glorioso chegou ao terceiro logo, passados cerca de dez minutos, mais coisa menos coisa, novamente por Carlos Martins, que estava imparável. Mais um grande golo, após jogada de combinação Saviola - Cardozo, que assistiu C. Martins com o toque subtil e magistral.
Um dos homens do jogo foi, como é lógico, Carlos Martins e, portanto, é para ele que vai o destaque. Foi uma exibição muito bem conseguida em termos particulares, coroada com dois grandes golos. Foi expulso. Nada a acrescentar.
De notar, ainda, que tivemos mais uma boa exibição da nossa equipa, somando mais três pontos e caminhando a largos passos para o nosso supremo objectivo: O Título. Estão todos de parabéns, incluindo a equipa de arbitragem que, após grandes esforços, não conseguiu parar o Benfica. Parabéns pelo vossos trabalho, pela vossa dualidade de critérios que valeram, no mínimo, um penalty perdoado ao Guimarães (quando comparado com a grande penalidade que o Porto sofreu, a nossa foi escandalosa. Mas os outros não me interessam! Que continuem, onde estão, a ver-nos...) e uma ou duas expulsões poupadas igualmente ao Vitória, por acumulação de amarelos. O amarelo dado ao David Luiz é simplesmente ridículo. Estão de olho nele, para tentarem fazer dele um "jogador agressivo" (como um que eu cá sei), algo que ele não é! É um enorme central, isso sim!! Mas pelo que vimos ontem e já em Vila do Conde, no lance da grande penalidade a favor do Rio Ave, não penso eu de que... Tenho dito.
Já está mais do que provado que NINGUÉM NOS PÁRA. Nós somos muito superiores a todos dentro de campo, que é isso o que nos interessa. Eles andam desesperados. E nós, só precoupados com o nosso clube e com o nosso caminho, lá vamos andando, caminhando a passos largos para o sucesso. Sucesso a todos os níveis, em todas as comepetições onde estamos inseridos. Isto faz mal a muita gente. Nós, Benfiquistas, porém, teremos de continuar assim até ao final, neste grande luta, a cada jogo, contra tudo e contra todos.
A UNIÃO faz a FORÇA e é com muito sacrifício que se fazem os CAMPEÕES. Um futuro risonho espera-nos, com muitas alegrias e conquistas à mistura.
"E tudo isso, que é tanto, é pouco para o que eu quero"
(Passagem das horas, Álvaro de Campos/ Fernando Pessoa)
Meus amigos, o sonho começou (há alguns meses), o SONHO CONTINUA!!!
AMO-TE BENFICA!!!!!!!! RUMO AO TÍTULO!!!