O nosso Glorioso Benfica empatou a uma bola com o Marítimo, naquele que foi a jornada inaugural do Liga Portuguesa 2009/2010.
O resultado, para começar, é enganador. O Benfica fez muito mais para ir além de um empate.
Tínhamos o desejo de vencer, tínhamos o desejo de brindar o público presente - já se sabia de antemão, que ira responder ao repto lançado pelos responsáveis do clube e, assim, iria aparecer em peso - com uma exibição "à Benfica". Sabíamos, porém, que não seriam esperadas facilidades, bem pelo contrário.
Entramos bem na partida e desde cedo houve a ideia que Benfica dominaria o jogo. No entanto, tudo se complica quando tem-se pela frente inúmeras adversidades, que não são, de todo, dignas de um espectáculo de futebol. Falo, obviamente, do anti-jogo, anti-espectáculo, que desce cedo foi praticado pela equipa visitante: as constantes paragens, em consequência de pseudo-lesões. Como é natural, as paragens quebram o ritmo de jogo. O espectáculo empobrece, perde-se imenso tempo, perdem-se bonitas jogadas, dignas de serem vistas pelos amantes do futebol.
Como se isso não bastasse, a equipa do Marítimo entrou na Luz com o único e paupérrimo objectivo de jogar para o empate e, para além disso, fez questão de entrar com o autocarro pelo relvado a dentro. Não foi o autocarro que os transportara até ao nosso Templo, mas a quase... a equipa adversária estava tão encolhida no relvado, só com a preocupação de defender para, depois, explorar o contra-ataque, nomeadamente através do aproveitamento da velocidade de Manu. Note-se que o Marítimo raramente saía do seu meio campo.
Tácticas, dirão uns, estratégias, somente, dirão outros. Para mim, ter a ideia de colocar o autocarro (a propósito, no flash-interview, Carlos Carvalhal pediu para não falarem em "autocarros". Ok, não se fala mais. Sempre se pode falar num... "Muro de Berlim") não é uma táctica, é sim uma forma de praticar um futebol medíocre, uma forma, também, de anti-jogo. Pois jogar e fazer um bom espectáculo não passa só por defender. Vai muito para além disso. E, o pior de tudo, é que para se defender bem não se tem que colocar, necessariamente, um autocarro, Muro de Berlim, como queiram. São... opiniões!! Não concordo, mas respeito.
O Benfica poderia ter ganho o jogo, é uma verdade. Uns dirão que ganhou mais de metade dos jogos que realizou na pré-época e que ontem já perdeu dois pontos. Não vejo as coisas assim.
Em primeiro lugar, fazer jogos amigáveis é bem diferente de jogos oficiais (uma diferença clara e essencial para compreender certas situações).
Depois, os adversários que defrontamos ao longo nos diferentes jogos de preparação nada têm a ver com as equipas do nosso campeonato, como disse no post anterior, com a excepção de duas. A maior parte das equipas deste campeonato recorrem (e não são poucas as vezes) ao "sistema autocarro" e ao anti-jogo medíocre e desbarato. É lamentável, mas é a verdade. Esta característica será uma das nossas maiores dificuldades ao longo da época (mas não é a maior, até porque ainda há mais...!)
As equipas por onde Carlos Carvalhal passou sempre praticaram um futebol agradável, bonito, com o chamado "jogo aberto", sem recurso fácil ao anti-jogo, entre outros. Veja-se o caso do Vitória de Setúbal, por exemplo. O seu trabalho, ao longo do seu percurso, foi notável e, por isso, é considerado um dos melhores treinadores portugueses (não o melhor, porque esse é JJ).
Foi, por isso, com espanto que assistiu-se à prática do "sistema autocarro" por uma equipa planificada por Carlos Carvalhal.
É de realçar que ao longo da partida o Marítimo rematou, salvo o erro, três escassas vezes à baliza, sendo que um dos remates foi o penalty que, posteriormente, deu origem ao golo e os outros dois remates foram para... a bancada. Quim foi mais um espectador, portanto. O Marítimo não criou oportunidades de golo, mas isso não se traduz no desmérito da equipa madeirense, mas sim no mérito da nossa equipa por ter conseguido controlar e anular eventuais oportunidades dos insulares.
Numa situação inversa, o Benfica rematou dezenas de vezes, criou inúmeras vezes, mas sem sucesso. A segunda parte foi, simplesmente, avassaladora.
Faltou-nos pontaria, por um lado, e um pouco mais de sorte, por outro. Cenários que fazem parte do mundo do futebol.
A lesão prematura e infeliz de Carlos Martins, a bola à trave (através de uma bomba de Pablito Aimar), o penalty marcado contra nós (admitindo que é grande penalidade, mesmo que ainda tenha dúvidas, não teria de ser repetido?), o penalty (bem assinalado) que Tacuara Cardozo falhou, outro penalty que o árbitro não viu, a nosso favor, por mão de um jogador adversário (!), uma expulsão perdoada, foras-de-jogo tirados ao Benfica que não lembram a ninguém, entre muitas outras coisas. São situações que podem decidir um jogo.
Começou o campeonato, começou tudo de novo... as arbitragens, os casos, os prejuízos, que podem muito bem justificar o menos bem começo do Benfica, ao contrário do que se esperava: vitórias, como na pré-época.
Apesar de tudo isto, gostei da equipa. Vi o Benfica a construir grandes jogadas, a trocar bem a bola, a dominar por completo. Vi, também, os Gloriosos jogadores a jogarem com raça, a honrarem o Manto Sagrado, a fazerem de tudo para dar a volta ao resultado.
A equipa, no geral esteve bem. Cardozo e Saviola não estavam nos seus dias; Aimar, sobretudo na segunda parte, teve jogadas de génio, ou não fosse ele o nosso "El Mago"; Di Maria comprovou, mais uma vez, que melhorou muito em relação à época transacta: é um dos nossos grandes desequilibradores; Fábio Coentrão está um senhor jogador: grande jogo que fez; para mim foi um dos melhores em campo e é de destacar que acabou o jogo a... lateral esquerdo e, por sinal, foi bem preponderante e eficaz na posiçãoq ue não é dele, mas que as circunstâncias do jogo assim o obrigaram; Weldon entrou e marcou, palavras para quê?! E, para terminar, a entrada de Nuno Gomes no jogo só pecou por tardia; notou-se que, com a entrada do capitão em campo, o ritmo mudou e este acabou, até mesmo, por dar mais dinâmica ao ataque. No entanto, a cinco minutos do fim é difícil fazer milagres, sobretudo quando se tem uma equipa contrária completamente à defesa. Mostrou, em apenas cinco minutos (ou pouco mais) que pode ser muito útil à equipa. Merece mais oportunidades.
O Benfica saiu do lindo relvado da Luz de cabeça erguida, pois eles sabem que não poderiam fazer mais para ganharem o jogo. Merecem o nosso aplauso, apoio e carinho.
Não estou frustrada com o desempenho da equipa, pois não há motivos para isso. Estou, antes, com crença num futuro risonho. Acredito, também que "a jogarmos assim arriscamo-nos a ganhar todos os jogos"!! Para isso, temos de ter mais sorte - a tal sorte do jogo - e mantermos uma certa consistência do nosso bom futebol praticado até então.
O resultado, para começar, é enganador. O Benfica fez muito mais para ir além de um empate.
Tínhamos o desejo de vencer, tínhamos o desejo de brindar o público presente - já se sabia de antemão, que ira responder ao repto lançado pelos responsáveis do clube e, assim, iria aparecer em peso - com uma exibição "à Benfica". Sabíamos, porém, que não seriam esperadas facilidades, bem pelo contrário.
Entramos bem na partida e desde cedo houve a ideia que Benfica dominaria o jogo. No entanto, tudo se complica quando tem-se pela frente inúmeras adversidades, que não são, de todo, dignas de um espectáculo de futebol. Falo, obviamente, do anti-jogo, anti-espectáculo, que desce cedo foi praticado pela equipa visitante: as constantes paragens, em consequência de pseudo-lesões. Como é natural, as paragens quebram o ritmo de jogo. O espectáculo empobrece, perde-se imenso tempo, perdem-se bonitas jogadas, dignas de serem vistas pelos amantes do futebol.
Como se isso não bastasse, a equipa do Marítimo entrou na Luz com o único e paupérrimo objectivo de jogar para o empate e, para além disso, fez questão de entrar com o autocarro pelo relvado a dentro. Não foi o autocarro que os transportara até ao nosso Templo, mas a quase... a equipa adversária estava tão encolhida no relvado, só com a preocupação de defender para, depois, explorar o contra-ataque, nomeadamente através do aproveitamento da velocidade de Manu. Note-se que o Marítimo raramente saía do seu meio campo.
Tácticas, dirão uns, estratégias, somente, dirão outros. Para mim, ter a ideia de colocar o autocarro (a propósito, no flash-interview, Carlos Carvalhal pediu para não falarem em "autocarros". Ok, não se fala mais. Sempre se pode falar num... "Muro de Berlim") não é uma táctica, é sim uma forma de praticar um futebol medíocre, uma forma, também, de anti-jogo. Pois jogar e fazer um bom espectáculo não passa só por defender. Vai muito para além disso. E, o pior de tudo, é que para se defender bem não se tem que colocar, necessariamente, um autocarro, Muro de Berlim, como queiram. São... opiniões!! Não concordo, mas respeito.
O Benfica poderia ter ganho o jogo, é uma verdade. Uns dirão que ganhou mais de metade dos jogos que realizou na pré-época e que ontem já perdeu dois pontos. Não vejo as coisas assim.
Em primeiro lugar, fazer jogos amigáveis é bem diferente de jogos oficiais (uma diferença clara e essencial para compreender certas situações).
Depois, os adversários que defrontamos ao longo nos diferentes jogos de preparação nada têm a ver com as equipas do nosso campeonato, como disse no post anterior, com a excepção de duas. A maior parte das equipas deste campeonato recorrem (e não são poucas as vezes) ao "sistema autocarro" e ao anti-jogo medíocre e desbarato. É lamentável, mas é a verdade. Esta característica será uma das nossas maiores dificuldades ao longo da época (mas não é a maior, até porque ainda há mais...!)
As equipas por onde Carlos Carvalhal passou sempre praticaram um futebol agradável, bonito, com o chamado "jogo aberto", sem recurso fácil ao anti-jogo, entre outros. Veja-se o caso do Vitória de Setúbal, por exemplo. O seu trabalho, ao longo do seu percurso, foi notável e, por isso, é considerado um dos melhores treinadores portugueses (não o melhor, porque esse é JJ).
Foi, por isso, com espanto que assistiu-se à prática do "sistema autocarro" por uma equipa planificada por Carlos Carvalhal.
É de realçar que ao longo da partida o Marítimo rematou, salvo o erro, três escassas vezes à baliza, sendo que um dos remates foi o penalty que, posteriormente, deu origem ao golo e os outros dois remates foram para... a bancada. Quim foi mais um espectador, portanto. O Marítimo não criou oportunidades de golo, mas isso não se traduz no desmérito da equipa madeirense, mas sim no mérito da nossa equipa por ter conseguido controlar e anular eventuais oportunidades dos insulares.
Numa situação inversa, o Benfica rematou dezenas de vezes, criou inúmeras vezes, mas sem sucesso. A segunda parte foi, simplesmente, avassaladora.
Faltou-nos pontaria, por um lado, e um pouco mais de sorte, por outro. Cenários que fazem parte do mundo do futebol.
A lesão prematura e infeliz de Carlos Martins, a bola à trave (através de uma bomba de Pablito Aimar), o penalty marcado contra nós (admitindo que é grande penalidade, mesmo que ainda tenha dúvidas, não teria de ser repetido?), o penalty (bem assinalado) que Tacuara Cardozo falhou, outro penalty que o árbitro não viu, a nosso favor, por mão de um jogador adversário (!), uma expulsão perdoada, foras-de-jogo tirados ao Benfica que não lembram a ninguém, entre muitas outras coisas. São situações que podem decidir um jogo.
Começou o campeonato, começou tudo de novo... as arbitragens, os casos, os prejuízos, que podem muito bem justificar o menos bem começo do Benfica, ao contrário do que se esperava: vitórias, como na pré-época.
Apesar de tudo isto, gostei da equipa. Vi o Benfica a construir grandes jogadas, a trocar bem a bola, a dominar por completo. Vi, também, os Gloriosos jogadores a jogarem com raça, a honrarem o Manto Sagrado, a fazerem de tudo para dar a volta ao resultado.
A equipa, no geral esteve bem. Cardozo e Saviola não estavam nos seus dias; Aimar, sobretudo na segunda parte, teve jogadas de génio, ou não fosse ele o nosso "El Mago"; Di Maria comprovou, mais uma vez, que melhorou muito em relação à época transacta: é um dos nossos grandes desequilibradores; Fábio Coentrão está um senhor jogador: grande jogo que fez; para mim foi um dos melhores em campo e é de destacar que acabou o jogo a... lateral esquerdo e, por sinal, foi bem preponderante e eficaz na posiçãoq ue não é dele, mas que as circunstâncias do jogo assim o obrigaram; Weldon entrou e marcou, palavras para quê?! E, para terminar, a entrada de Nuno Gomes no jogo só pecou por tardia; notou-se que, com a entrada do capitão em campo, o ritmo mudou e este acabou, até mesmo, por dar mais dinâmica ao ataque. No entanto, a cinco minutos do fim é difícil fazer milagres, sobretudo quando se tem uma equipa contrária completamente à defesa. Mostrou, em apenas cinco minutos (ou pouco mais) que pode ser muito útil à equipa. Merece mais oportunidades.
O Benfica saiu do lindo relvado da Luz de cabeça erguida, pois eles sabem que não poderiam fazer mais para ganharem o jogo. Merecem o nosso aplauso, apoio e carinho.
Não estou frustrada com o desempenho da equipa, pois não há motivos para isso. Estou, antes, com crença num futuro risonho. Acredito, também que "a jogarmos assim arriscamo-nos a ganhar todos os jogos"!! Para isso, temos de ter mais sorte - a tal sorte do jogo - e mantermos uma certa consistência do nosso bom futebol praticado até então.
VIVA O BENFICA!!!
5 comentários:
Linda princesa
Mais uma monstruosamente sublime análise futebolística.
Por onde andas tu, Benfica TV, que não vês estes talentos?
É uma enorme e mui apaixonada Benfiquista, prosa mui fácil e escorreita, prosa linda, prova elevada.
Depois, é uma prosadora, sem o mínimo desprimor para as actuais Benfiquistas da Benfica TV, linda, linda, linda de morrer, muito mais linda do que qualquer uma daquelas.
Só tinha pena se vocês, Benfica TV, depois lhe não dessem tempo para ela escrever aqui nos seus cantinhos e privarem-nos destas prosas deliciosas.
Mas seria bem compensado por ver a minha Linda Princesa e Caloirinha naquele ecrã que eu vejo em todos os momentos que posso, e são muitos.
Linda Princesa, gostei muito!
E também gostei muito da atitude
da equipa.
Um grande Beijinho, que bem o merece, pelo seu "quid" para o sublime, pela sua paixão pelo nosso Glorioso Benfica!
É um crime esta Princesa andar por aqui sem o nosso JORNAL, Mística ou BENFICA-TV, ver a pérola que lá não têm.
Uma crónica que quem a lê, mais parece que está a ver o jogo.
O MURO DE BERLIM, está bem apanhado!!!
JOKAS
Ó Viriato!
Vê lá se arranjas o teu computador, andas sempre com ele avariado ou quê?
Só agora vens ver uma pérola destas!
Doutro qualquer até se pode desculpar.
Mas de um General comandante das tropas.
Que raio, é assim que tratas as tuas Lindas Princesas?
Já sei, foste para a areia, deitaste-te de pá p'ro ar ... e dormiste as tuas sonecas!
General, estas pérolas que saem sempre do coração e pelas teclas da nossa Linda Princesa são um hino de sublimidade imensa ao nosso Glorioso Benfica.
Não podes ficar calado tanto tempo!
Não é lícito a um General dizer "vale mais tarde do que nunca"!
Um general nunca pode chegar tarde!
Grande GIL,
Sabes que a minha luta é em muitas frentes.
Tanto ando a batalhar na Bética, como em Saragoza e Montes Hermínios!!!
Mas esta nossa Princesa é OURO de 24 QUILATES!!!!
Quando se formar, prometo fazer um crime, só para a ter como minha defensora!!!!!!!!!!!!
Ó General, não precisas de cometer crime nenhum.
Dizes que a tua sogra te deve dinheiro, arranjas um papelucho qualquer e pedes à nossa Princesa Linda que te ponha a acção.
É melhor ter a nossa Linda Princesa numa cível que arriscares-te a ir malhar com os ossos na prísia, apesar do enorme esforço que a nossa Linda Princesa tenha.
Já sabes quem manda nessas coisas da justiça criminal.
São os juizes e as juizas adeptas da Etar de Contumil.
E tu não és adepto dessa esterqueira.
Assim, se a tua sogra te levar a melhor na cível e comeres com o rolo da massa, pelo menos não assentas o costado na prísia dos estares de Contumil.
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